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Dos ratos nunca gostei
E com horror sempre os fitei
Assim me ensinaram a lição
do medo dos ratos do porão
Depois cresci, amadureci
coisas novas aprendi
Contudo sempre agradeci aos astros
pela minha vida livre de ratos
Mas um dia no jardim
um rato tropeçou em mim
Ele educado se desculpou
e com um beijo saudoso me cativou
Hoje, sozinho na mesa
dos ratos admiro a beleza
Quando vejo dois ratos dançando
sinto algo por dentro queimando
Do fogo a interrogação
com um certa inquietação
Quantos mais horrores doutrinados
também não escondem a beleza tamanha dos ratos?
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