Esses tem sido novos dias e penso realmente que um novo tempo começou para mim. Novos tempos trazem coisas novas, fôlego novo e também novos pesares. Novas alegrias, novos questionamentos, nova forma de encarar o mundo e nova forma de pisar o chão.
É, o novo é realmente mágico, mas também incerto. Com eles, velhos valores são colocados a prova, velhos valores são colados pra fora, velhos valores continuam a fazer parte desta hora.
Repensar o caminho antes trilhado com toda a certeza não é fácil, assusta, dá medo.
Os velhos sapatos parecem apertados, as golas das camisetas estão esticadas, os cálculos não são mais exatos e a certeza resolveu utilizar o benefício da dúvida.
Velhas perguntas, novas respostas. Novas perguntas, velhas respostas. Algumas perguntas, velhas ou novas, ainda sem nenhuma resposta.
O velho e o novo que insistem em caminhar de mãos dadas dentro da gente. Cada um com seu jeito de ser presente. Presente no passado, presente no presente. Certos velhos, mais que presentes. Mas, que presentes! Presentes dos presentes. Afinal “mudaram as estações, (...) mas nada vai conseguir mudar o que ficou [1]”.
Seguem algumas outras expressões , velhas ou novas, do tempo:
(trechos de duas músicas)
... de ontem em diante
(Fernando Anitelli)
De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada ]
[ são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro?
o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
(...)
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem
Anacrônico
(Pitty e Graco)
É claro que somos as mesmas pessoas
Mas pare e perceba como seu dia-a-dia
mudouMudaram os horários, hábitos, lugares
Inclusive as pessoas ao redor
São outros rostos, outras vozes
Interagindo e modificando você
E aí surgem novos valores,
Vindos de outras vontades,
Alguns caindo por terra,
Pra outros poderem crescer
Caem 1, 2, 3, caem 4,
A terra girando não se pode parar.,
Outras situações em outras circunstâncias,
Entre uma e outra as vezes surgem mesmos defeitos,
Todas aquelas marcas do jeito de cada um,
Alguns ainda caem por terra,
Pra outros poderem crescer.
É isso aí galera.
Du
[1] Renato Russo. Música Por enquanto
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